Tabaranas no Rio Sapucaí-MG
Texto: Alessio Freire
Fotos: Arquivo do autor
Para os adeptos da pesca esportiva, pescar tabaranas é
sinônimo de boas brigas e de ações inusitadas, principalmente quando
encontramos as grandes.
Um dos bons locais para encontrarmos estes peixes é na
região do Sul de Minas, um dos destaques é o
rio Sapucaí, que nasce na Mantiqueira e deságua no lago de Furnas.
Para pescar com iscas artificiais o ideal é a partir de
maio/junho, seguindo até setembro/outubro, dependendo do ciclo das chuvas.
Na estrada que liga Paraguaçú (MG) à Elói Mendes (MG) é
possível ter acesso ao rio e até pescar suas margens, mas a situação para a
pesca fica relativamente restrita.
Navegar no Sapucaí sempre é um desafio, não há rampas de
acesso e o rio é só pedras. Sendo assim, o ideal é utilizar uma pequena
embarcação de aluminio, que possa ser carregada até as margens do rio, ou até
mesmo um barco inflável.
Como acessórios indispensáveis: uma âncora, um remo e
coletes salva vidas. No caso da âncora, o objetivo não é apenas a ancoragem da
embarcação para fins de pesca, mas também para uma eventual situação de
emergência, onde não sendo possível realizar manobras com o remo, o melhor
mesmo é lançar âncora, principalmente perto de fortes corredeiras.
Para desembarcarmos, optamos pelo acesso entre as cidades de
Paraguaçu e Elói Mendes (MG), em local próximo a BR 491 onde há uma ponte sobre
o Rio Sapucaí.
Os melhores horários e locais.
Assim como o dourado, a tabarana se mostra mais ativa pela
manhã e ao final da tarde, apesar de haver possibilidade de capturas ao longo
de todo o dia.
Por terem os mesmos hábitos alimentares dos dourados, se
alimentando de peixes menores, elas se posicionam ao longo dos rios, em locais
similares: principalmente antes das corredeiras, cachoeiras e em torno de
pedras, no meio ou ao final das corredeiras, algumas vezes podem ficar nas
saídas de canais mais rasos, onde também conseguem capturar suas presas
facilmente.
Em um rio de menor porte, com corredeiras moderadas, uma
vara de ação rápida com 14 libras, será suficiente. Já em rios maiores, como o
Sapucaí, com fortes corredeiras, uma vara de 17 libras também de ação rápida é
a mais recomendada.
Em ambos os casos, linhas de multifilamento de 25 a 30
libras são bem vindas, pois permitirão ao pescador conter o peixe com maior
facilidade, caso ele desça por uma forte corredeira.
Carretilhas de perfil baixo são mais ergonômicas para se
pescar com iscas artificiais, a capacidade de linha deve ser ao menos de 80
metros.
Os plugs.
Os de meia água são os mais eficientes, porém, aqueles que
apresentam um melhor equilíbrio em meio às fortes correntezas são os mais indicados. Em locais de maior
profundidade, os plugs de barbela longa, também são eficientes.
Dependendo do local, do porte do rio e até mesmo da possível
presença ou não de dourados neste mesmo rio e evidentemente do tamanho das
tabaranas, as iscas variarão de 5 até 10 cm.
Cores vivas como o verde limão e Fire Tiger merecem
destaque, assim como outras com tons prateados ou cores similares as presas que
vivem naquele determinado habitat.
Neste quesito não há muitos mistérios, pois a tabarana
atacará tanto em ação contínua como intermitente, desde que a velocidade de recolhimento
não seja muito baixa.
“Pé de aço” usar ou não?
Fica a critério de cada pescador. Com ele, as chances do
peixe cortar a linha são nulas, mas seu uso altera um pouco a ação da isca.
Particularmente, prefiro não utilizar, pois uma boa linha de multifilamento já
“segurará às pontas”.
A Super esportiva tabarana...
Flyfishing.
Para rios menores, varas classe 5 a 6 com 7´6” a 9 pés de
comprimento.
Para rios maiores com águas mais rápidas, podem ser
utilizadas varas de até classe 8, com 9 pés.
Streamers atados em anzóis de haste longa tamanho 2 e 4, preferencialmente lastreados. As cores verde limão, prata, preto com cinza ou vermelho são muito eficientes.
Streamers atados em anzóis de haste longa tamanho 2 e 4, preferencialmente lastreados. As cores verde limão, prata, preto com cinza ou vermelho são muito eficientes.
Linha sinking tip, intermediate ou sinking.
Lider de 5 a 6 pés.
Protetor de aço flexível de 5 a 7 cm.
Distâncias:
São Paulo – 390 km
Belo Horizonte: - 380 km
Rio de Janeiro – 450 km
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